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Portabilidade de Dívidas no Crédito do Trabalhador começa HOJE!

A partir desta sexta-feira (16), os trabalhadores formais brasileiros terão uma novidade importante para o controle financeiro: a possibilidade de fazer a portabilidade de suas dívidas dentro do programa Crédito do Trabalhador. Essa medida visa facilitar a renegociação das dívidas, reduzir os juros e ampliar o acesso a condições melhores para empréstimos consignados e crédito pessoal.

O que é a portabilidade no crédito do trabalhador?

A portabilidade permite que o trabalhador transfira sua dívida vigente — seja ela de empréstimo consignado ou crédito pessoal — para outra instituição financeira habilitada no programa Crédito do Trabalhador. O principal objetivo é possibilitar a migração da dívida para um banco que ofereça taxas de juros menores e melhores condições, reduzindo o impacto das parcelas no orçamento mensal do trabalhador.

Essa troca, no entanto, precisa ser solicitada diretamente pelo trabalhador junto à instituição financeira interessada, já que ainda não é possível realizar o processo pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.

Como funciona a portabilidade a partir de 16 de maio e o futuro em junho

A partir do dia 16 de maio, o trabalhador poderá iniciar a portabilidade para dívidas de consignado e crédito pessoal dentro do Crédito do Trabalhador, que já movimenta bilhões em empréstimos no país. Já em 6 de junho, a portabilidade será ampliada, permitindo a troca para todos os tipos de empréstimos da linha Crédito do Trabalhador, oferecendo ainda mais flexibilidade para os trabalhadores.

Quando o trabalhador migra sua dívida para outra instituição financeira, automaticamente a dívida antiga é quitada e um novo contrato é firmado, possibilitando a negociação de juros mais baixos e até a ampliação do valor do empréstimo, caso ainda haja margem consignável disponível.

Benefícios da portabilidade para o trabalhador

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, essa dinâmica cria uma espécie de “leilão” entre bancos, incentivando as instituições financeiras a oferecerem juros mais competitivos para conquistar o cliente. O resultado é uma redução significativa nos custos da dívida, o que traz alívio financeiro imediato ao trabalhador, que terá parcelas menores e mais acessíveis.

Além disso, a possibilidade de aumentar o valor do novo empréstimo, caso o trabalhador tenha margem disponível, facilita o acesso a recursos para emergências ou investimentos pessoais.

Impacto no mercado e dados recentes

O Crédito do Trabalhador tem mostrado crescimento acelerado. Em menos de dois meses, já foram emprestados R$ 11,3 bilhões para mais de 2 milhões de trabalhadores. A média de empréstimos na linha é de aproximadamente R$ 5.383, com parcelas mensais em torno de R$ 317, distribuídas em um prazo médio de 17 meses.

Os estados com maior volume de recursos contratados são São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Atualmente, 35 instituições financeiras estão ativas na execução da linha, dentro das mais de 70 habilitadas.

O Banco do Brasil lidera em volume de empréstimos, tendo concedido cerca de R$ 3,1 bilhões, especialmente para liquidar dívidas com juros mais altos.

Por que a portabilidade é importante para o controle financeiro

A taxa média de juros do CDC tradicional ultrapassa 8%, enquanto que o Crédito do Trabalhador permite negociar taxas inferiores a metade desse valor. Para muitos trabalhadores, essa redução é uma chance valiosa para aliviar o orçamento, evitar o superendividamento e melhorar sua saúde financeira.

Além disso, a portabilidade fortalece a concorrência entre os bancos, o que tende a beneficiar o consumidor com melhores condições de crédito.

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