CAPACrédito e Cobrança

O que é uma Câmara Arbitral e como utilizar para Recuperação de Crédito

Como a Câmara Arbitral pode acelerar a recuperação de crédito e aumentar os resultados das empresas

No episódio 193 do Podcast ContraPonto, com a participação de Eduardo Pavão, vice-presidente na Câmara Arbitral, você encontra uma aula prática sobre como a arbitragem pode transformar resultados em recuperação de crédito. Este artigo resume os principais insights, aprendizados e ações práticas mencionadas no episódio, mostrando por que empresas que ainda ignoram a câmara arbitral estão perdendo tempo e dinheiro.

O que é uma Câmara Arbitral e por que importa para cobrança

A Câmara Arbitral é uma estrutura privada de resolução de conflitos baseada na lei de arbitragem (vigente há décadas no Brasil), que permite solucionar litígios sem passar pelo Judiciário tradicional. No podcast, Pavão destaca o papel da arbitragem como alternativa ágil e confidencial com decisões que, em regra, não admitem recurso, o que reduz atrasos e custos e dá segurança jurídica rápida às partes envolvidas.

Quem é Eduardo Pavão e por que ouvir o que ele diz

Eduardo Pavão compartilha experiência prática de mercado, desde modelos antigos de cobrança (cheque, boletagem, discadores) até as soluções digitais e câmaras arbitrais e explica como a arbitragem deixou de ser exclusividade de grandes contratos internacionais para virar ferramenta estratégica em recuperação de crédito. Ouvir quem atua na linha de frente dessa transformação aumenta muito sua margem de decisão com base em autoridade técnica.

Principais vantagens da arbitragem aplicadas à recuperação de crédito

  • Rapidez: Pavão comenta que litígios podem ser resolvidos em meses, muito mais rápido que recorrer ao Judiciário.
  • Decisão final: a sentença arbitral tende a ser definitiva (sem a estratégia de recursos protelatórios típica do Judiciário).
  • Sigilo e privacidade: procedimentos privados, ideais para carteiras que exigem discrição.
  • Redução de custos: quando bem utilizada, a arbitragem pode reduzir custas e despesas processuais e aumentar a eficiência operacional que, em alguns casos citados, há relatos de ganhos expressivos (mencionou-se até aumento de ~60% na taxa de recuperação em situações específicas).
  • Flexibilidade processual: regras e prazos negociáveis dentro do escopo legal, dando mais previsibilidade.

Quando e como usar: estratégias práticas

  1. Cláusula arbitral preventiva em contratos
    • Inserir cláusula de arbitragem nos contratos comerciais evita dúvidas sobre foro e método de resolução quando houver inadimplência. Pavão ressalta: cláusula bem redigida = caminho mais ágil para execução.
  2. Notificação arbitral como instrumento de cobrança
    • Usar a notificação arbitral como etapa entre a cobrança extrajudicial e o litígio público: é extrajudicial, tem peso e muitas vezes acelerará a resolução.
  3. Incorpore a arbitragem na sua régua de cobrança
    • Planeje a jornada do devedor: contato inicial → notificação extrajudicial → notificação arbitral → procedimento arbitral. A arbitragem não precisa ser o primeiro passo, mas é um elemento estratégico na régua.
  4. Treinamento e plataforma
    • Não troque arquivos por e-mail: use plataforma própria da câmara para subir registros. Treine negociadores e equipe de planejamento para operar essa plataforma corretamente.
  5. Avalie custo vs. ticket médio
    • Mesmo carteiras com tickets médios podem se beneficiar. A decisão depende do custo operacional e do retorno esperado. Pavão explica que, em muitos casos, o investimento compensa.
  6. Conheça as limitações legais
    • Nem todo conflito é arbitrável: questões de natureza familiar (ex.: pensão alimentícia) ou certos temas públicos podem ficar fora do alcance da arbitragem. Avalie com seu jurídico.

Mitos que o episódio derruba (e o que você precisa saber agora)

  • “Arbitragem é só para grandes contratos” — mito: embora a arbitragem tenha origem em disputas de grande porte, hoje há aplicações práticas para recuperação de crédito em diferentes faixas de valores.
  • “Arbitragem é sempre cara” — depende: embora exista custo de estrutura, o retorno e a redução de despesas judiciais podem compensar, sobretudo quando há escala ou estratégia bem definida.
  • “IA vai substituir negociadores” — Pavão reforça que tecnologia (IA) é ferramenta de aprimoramento, não substituição total; quem souber integrar IA terá vantagem competitiva.

Impacto operacional e cultural para equipes de cobrança

Eduardo reforça que a adoção da câmara arbitral exige mudança de mindset: das velhas práticas (cartório, boletagem manual, discadores isolados) para processos integrados, digitais e treinados. A comunicação com o cliente precisa ser empática e estratégica e a eficácia de uma notificação arbitral também depende da forma como a mensagem é entregue.

Casos de uso e exemplos citados (para entender aplicabilidade)

  • Agronegócio e contratos de grande valor: tradicionalmente recorrentes à arbitragem.
  • Carteiras de consumo e créditos menores: uso crescente quando o custo-benefício é favorável; Pavão menciona casos em que a câmara arbitral trouxe retornos expressivos para credores.
  • Operações que querem reduzir judicialização: empresas que buscam desinchar o Judiciário têm encontrado na arbitragem uma saída pragmática.

7 passos para começar a usar Câmara Arbitral na sua recuperação de crédito (checklist rápido)

  1. Rever contratos e inserir cláusula arbitral onde possível.
  2. Definir critérios (valor, perfil do cliente, custo, retorno esperado) para encaminhar casos à arbitragem.
  3. Escolher a câmara arbitral adequada e entender suas regras e custos.
  4. Implementar plataforma de registro e treinamento de equipes.
  5. Criar fluxo (régua) que inclua notificação arbitral como etapa.
  6. Comunicar clientes com empatia e clareza jurídica.
  7. Medir resultados e ajustar: compare taxas de recuperação, prazos e custos.

Aprendizados que marcam o episódio

  • A arbitragem é uma ferramenta subutilizada e com potencial real na recuperação de crédito.
  • Para aproveitar esse potencial é preciso planejamento jurídico, capacitação operacional e integração tecnológica.
  • A decisão arbitral, por ser célere e final, muda a equação econômica da cobrança e pode transformar índices de recuperação quando bem implantada.

Conclusão: por que você deve testar a Câmara Arbitral agora

Se sua empresa ainda depende exclusivamente do caminho judicial ou de práticas antigas de cobrança, você está deixando dinheiro parado. A câmara arbitral oferece rapidez, privacidade e uma alternativa real para recuperar créditos com mais eficiência. Como disse Eduardo Pavão no episódio: democratizar o conhecimento sobre arbitragem é essencial e quem agir primeiro ganha vantagem competitiva.

Redação Contraponto

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