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Principais causas da inadimplência no Brasil: endividamento e salário atrasado

A inadimplência é um problema crescente no Brasil, afetando milhões de pessoas e impactando diretamente a economia. De acordo com um levantamento da Paschoalotto, as duas principais causas desse fenômeno são o endividamento excessivo e o atraso nos salários.

Endividamento: a principal causa da inadimplência

O endividamento lidera o ranking de motivações da inadimplência, sendo apontado por 34,93% dos brasileiros. O fácil acesso ao crédito, a falta de planejamento financeiro e o consumo impulsivo são fatores que contribuem para o acúmulo de dívidas. Além disso, a alta taxa de juros de produtos como cartão de crédito e cheque especial agrava ainda mais a situação dos consumidores.

Salário atrasado: impacto direto na capacidade de pagamento

Logo atrás do endividamento, o atraso no pagamento de salários também aparece como uma das principais causas da inadimplência, afetando 33,28% dos entrevistados. A instabilidade econômica e dificuldades financeiras enfrentadas pelas empresas impactam diretamente os trabalhadores, comprometendo sua capacidade de cumprir com compromissos financeiros.

Outras causas da inadimplência no Brasil

Além do endividamento e do salário atrasado, outros fatores também influenciam a inadimplência:

  • Desemprego (13,73%): A perda da principal fonte de renda dificulta o pagamento de dívidas.
  • Financiamento para terceiros (6,80%): Pessoas que assumem dívidas em nome de terceiros podem acabar inadimplentes.
  • Redução salarial (2,96%): Diminuição da renda impacta no orçamento familiar.
  • Doença (1,81%): Gastos inesperados com saúde podem desorganizar o planejamento financeiro.
  • Fraudes (2,39%): Golpes financeiros aumentam as dívidas involuntárias.

Crescimento do endividamento a longo prazo

O estudo também revelou um aumento significativo do número de endividados com dívidas em atraso superior a 90 dias. Em 2023, o percentual era de 24,06% para dívidas sem garantia e subiu para 31,03% em 2024. Para dívidas com garantia, o aumento foi de 12,96% para 14,05%. Isso demonstra um crescimento da dificuldade de pagamento a longo prazo e reforça a necessidade de políticas de educação financeira.

Crescimento das negociações digitais

A preferência por negociar e quitar dívidas no ambiente digital tem aumentado. Em 2023, apenas 20,5% dos inadimplentes utilizavam canais digitais para esse fim, enquanto em 2024 esse número cresceu para 29,2%. Esse crescimento, embora gradual, indica uma tendência para a digitalização das soluções de cobrança e renegociação de dívidas.

Como evitar a inadimplência

Para evitar a inadimplência, algumas estratégias podem ser adotadas:

  • Planejamento financeiro: Controlar os gastos e priorizar pagamentos essenciais.
  • Reserva de emergência: Manter uma quantia guardada para imprevistos.
  • Uso consciente do crédito: Evitar parcelamentos excessivos e altas taxas de juros.
  • Monitoramento de dívidas: Acompanhar regularmente os débitos e buscar renegociações quando necessário.

A inadimplência é um desafio para milhões de brasileiros, mas com educação financeira e boas práticas de gestão de dinheiro, é possível reduzir os impactos desse problema.

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