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Pix Automático não vai substituir o cartão de crédito, afirma Banco Central

O avanço do Pix no Brasil tem revolucionado o sistema de pagamentos, mas uma dúvida recorrente entre consumidores e comerciantes é: o Pix Automático vai acabar com o cartão de crédito? De acordo com o Banco Central, a resposta é não. Essa nova funcionalidade tem um propósito diferente e não oferece crédito, como o cartão tradicionalmente faz.

Neste artigo, você vai entender por que o Pix Automático não representa o fim dos cartões de crédito, qual a diferença entre ele e o Pix Parcelado, e como isso impacta o mercado e os consumidores.

O que é o Pix Automático e para que ele serve?

O Pix Automático é uma nova funcionalidade do sistema Pix, que permite pagamentos recorrentes. Ou seja, é ideal para transações que acontecem com frequência, como mensalidades de academias, assinaturas de serviços, planos de saúde ou escolas.

A ideia é facilitar o agendamento e a automatização de pagamentos periódicos, com custo zero para o cliente e mais eficiência para as empresas. O usuário cadastra a autorização e recebe uma notificação antes do débito. Caso queira cancelar, pode fazê-lo até meia-noite do dia anterior à cobrança.

Por que o Pix Automático não substitui o cartão de crédito?

Apesar de também permitir pagamentos parcelados em alguns casos específicos, o Pix Automático não é uma linha de crédito. Isso significa que ele não substitui o parcelamento típico do cartão de crédito, muito usado no varejo para compras de roupas, calçados, eletrodomésticos e outros bens.

Segundo o Banco Central, o Pix Automático é voltado para pagamentos recorrentes com valor fixo, e não para situações em que o consumidor deseja comprar agora e pagar depois.

Além disso, como o consumidor pode cancelar a transação até a véspera, o modelo não oferece segurança para o lojista — especialmente no varejo, onde não há um relacionamento contínuo com o cliente.

E o parcelamento? Entra o Pix Parcelado

A funcionalidade que pode realmente impactar o volume de transações com cartão de crédito é o Pix Parcelado, ainda em desenvolvimento, com previsão de lançamento para novembro de 2025.

O Pix Parcelado vai permitir que o consumidor escolha, no momento da compra, se deseja pagar à vista com saldo em conta ou parcelar o valor por meio de uma oferta de crédito direto do banco.

Ou seja, o cliente continua pagando em parcelas, mas quem assume o risco é a instituição financeira. Já o lojista recebe o valor total da venda instantaneamente, como ocorre hoje com o Pix à vista.

Esse modelo também tende a ser mais barato para os lojistas, o que pode resultar em descontos para quem opta por esse meio de pagamento.

Vantagens e desafios do Pix Parcelado

O Pix Parcelado promete benefícios como:

  • Liquidação imediata para o lojista, mesmo com pagamento em parcelas pelo cliente;
  • Oferta padronizada de crédito, garantindo transparência e proteção ao consumidor;
  • Custo reduzido para o varejista, em comparação com as taxas de operadoras de cartão.

No entanto, o sucesso da modalidade dependerá da adesão dos bancos, da educação financeira dos consumidores e da infraestrutura tecnológica para suportar a nova função.

Conclusão: Pix Automático e Pix Parcelado têm funções distintas

O Pix Automático não é o fim do cartão de crédito, mas sim uma solução para facilitar pagamentos recorrentes com mais agilidade e menor custo para empresas.

Já o Pix Parcelado, previsto para 2025, poderá sim competir com o cartão, ao oferecer crédito direto e parcelamento via Pix. Porém, o objetivo não é eliminar o cartão, e sim ampliar as opções disponíveis para consumidores e lojistas.

A inovação no sistema financeiro brasileiro continua, e o Pix segue como protagonista nessa transformação — mas cada modalidade tem seu papel específico.

Redação Contraponto

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