Marketing, tecnologia e hiperpersonalização na cobrança digital ativa

No episódio 165 do podcast ContraPonto, Pedro Felipe e Marcos Guerra recebem Rodrigo Lyra, líder com passagem pelo setor bancário e profundo entusiasta do marketing digital aplicado à cobrança digital ativa. A conversa gira em torno da evolução do mercado de cobrança, destacando como a tecnologia, os dados e o comportamento do consumidor estão moldando uma abordagem mais estratégica, empática e eficiente.
Antigamente, a cobrança era sinônimo de pressão: mensagens agressivas, telefonemas insistentes e notificações extrajudiciais. Hoje, segundo Lyra, vivemos uma transição para uma cobrança baseada em marketing de engajamento, em que o cliente é estimulado a querer resolver sua dívida.
A lógica se inverte: sai o medo, entra a conveniência. “A proposta de valor precisa ser clara e desejável”, explica Rodrigo. Isso passa por entregar experiências simples, intuitivas e que gerem conexão real com o consumidor.
Marketing Digital como Motor da Recuperação
Rodrigo compartilhou cases práticos de como ações de marketing — de anúncios em rádio e TV a campanhas com influenciadores como o craque Neto — foram utilizadas para fortalecer a marca Acerto e estimular negociações com os consumidores.
Mas ele alerta: não basta comunicar, é preciso comunicar certo. Isso significa hiperpersonalizar cada ponto de contato com base em dados comportamentais, preferências de canal e estágio da dívida.
Dados, tecnologia e visão 360 do cliente
A tecnologia é o pilar dessa revolução. Lyra enfatiza a importância de ter dados organizados e rastreáveis para estruturar campanhas assertivas. Plataformas digitais, como chatbots com IA no WhatsApp e portais web de autoatendimento, ajudam a oferecer conveniência e autonomia ao consumidor.
Outro ponto essencial é a visão única do cliente, especialmente quando ele possui múltiplas dívidas com diferentes empresas. “Não faz sentido abordar um consumidor como se ele fosse várias pessoas diferentes”, afirma Lyra.
Hiperpersonalização: A nova regra do jogo
Mais do que segmentar por perfil, hoje a cobrança precisa ser hiperpersonalizada. Isso exige entender não só o histórico financeiro do cliente, mas também seus comportamentos e expectativas em tempo real.
Lyra destaca que essa estratégia aumenta consideravelmente os índices de recuperação, ao mesmo tempo em que melhora a experiência do cliente, tornando o processo mais humano e menos traumático.
O que você vende e o que você entrega
Em um dos momentos mais marcantes do episódio, Rodrigo Lyra afirma:
“O que eu vendo não é cobrança. O que eu entrego é recuperação de crédito. O que eu vendo são valores: facilidade, confiança, conveniência.”
Essa virada de chave é crucial para empresas que desejam se destacar no mercado. Recuperar crédito é o objetivo, mas a forma como se chega lá faz toda a diferença — e é exatamente nisso que marketing e tecnologia entram como diferenciais competitivos.
Aprendizados Que Ficam
- A cobrança digital não é apenas enviar notificações: é estratégia, jornada e experiência.
- Marketing e branding são tão importantes quanto a régua de cobrança.
- Dados são o novo ouro da cobrança moderna — sem organização, não há personalização.
- O futuro da cobrança está na empatia, não na intimidação.
Quer ouvir essa conversa completa?
Assista agora ao episódio completo no YouTube e aprofunde-se nos bastidores dessa revolução no mercado de crédito e cobrança: