Inadimplência dispara em 2025: 68,76 milhões de brasileiros estão negativados!

Em fevereiro de 2025, a inadimplência no Brasil atingiu um patamar preocupante, com 68,76 milhões de consumidores negativados, representando 41,50% da população adulta. Este cenário reflete um aumento de 3,22% em relação ao mesmo período de 2024, conforme dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Perfil dos inadimplentes: faixa etária e gênero
A análise dos dados revela que a faixa etária mais afetada pela inadimplência é a de 30 a 39 anos, correspondendo a 23,81% dos devedores. Isso equivale a aproximadamente 17,03 milhões de pessoas, ou seja, metade (50,13%) dos brasileiros nessa faixa etária estão com restrições de crédito. Em relação ao gênero, a distribuição é relativamente equilibrada, com 51,08% de mulheres e 48,92% de homens inadimplentes.
Valor médio das dívidas e setores credores
Cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.650,21 em fevereiro de 2025. Além disso, cada inadimplente possuía débitos com aproximadamente 2,15 empresas credoras. O setor bancário concentra a maior parte dessas dívidas, representando 66,50% do total. Outros setores relevantes incluem o comércio (10,00%) e os serviços de água e luz (9,77%).cnnbrasil.com.br
Distribuição regional da inadimplência
Regionalmente, a maior taxa de inadimplência foi registrada no Centro-Oeste, onde 45,23% da população adulta está negativada. Em contraste, a região Sul apresentou a menor proporção, com 37,05% de inadimplentes.
Principais causas e desafios
O aumento da inadimplência está associado a fatores como altas taxas de juros e inflação nos alimentos, que pressionam o orçamento familiar e reduzem a capacidade de honrar compromissos financeiros. Além disso, a falta de avanços significativos na educação financeira contribui para a perpetuação desse cenário.
Estratégias para redução da inadimplência
Para mitigar a inadimplência e promover a saúde financeira dos consumidores, algumas estratégias podem ser adotadas:
- Educação Financeira: Investir em programas que auxiliem os consumidores a gerenciar melhor suas finanças pessoais.
- Revisão de Despesas: Analisar e ajustar o orçamento doméstico para identificar e eliminar gastos desnecessários.
- Renegociação de Dívidas: Participar de programas governamentais, como o “Desenrola Brasil”, que facilitam a renegociação de débitos e oferecem condições mais favoráveis para quitação.
A implementação dessas medidas pode contribuir para a redução da inadimplência, beneficiando tanto a economia quanto a população em geral.