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Santander Brasil lucra R$ 3,65 bilhões no 2T25 e avança no crédito, mesmo com recuo trimestral

O Santander Brasil apresentou lucro líquido gerencial de R$ 3,659 bilhões no segundo trimestre de 2025. O valor representa um avanço de 9,8% em relação ao mesmo período de 2024, mas uma queda de 5,2% frente ao primeiro trimestre deste ano. Mesmo abaixo da expectativa de mercado, que projetava lucro de R$ 3,73 bilhões, o banco conseguiu manter crescimento sólido no crédito.

O resultado foi divulgado oficialmente no dia 29 de julho de 2025, e evidencia uma performance estável, apesar dos desafios econômicos do período.

Receita e rentabilidade mostram resiliência

A receita total do Santander Brasil no segundo trimestre somou R$ 20,6 bilhões, uma alta de 3,3% na comparação anual. Apesar disso, houve uma retração de 2,2% em relação ao trimestre anterior.

Já o retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) alcançou 16,4%, crescimento de 0,8 ponto percentual em 12 meses. Esse indicador mostra que, mesmo com oscilações trimestrais, a instituição continua entregando boa rentabilidade aos acionistas.

A margem financeira bruta, por sua vez, atingiu R$ 15,396 bilhões, representando um crescimento anual de 4,4%, embora tenha registrado queda de 3,3% na comparação com os três primeiros meses do ano.

Despesas e provisões sob controle

As despesas gerais do banco somaram R$ 6,412 bilhões, aumento leve de 1,5% em relação ao mesmo período de 2024. Já o lucro contábil do trimestre ficou em R$ 3,593 bilhões, com queda de 5% frente ao primeiro trimestre de 2025.

Em relação ao risco de crédito, o volume de provisões para devedores duvidosos (PDD) foi de R$ 6,862 bilhões, alta significativa de 16,4% em um ano. Esse dado indica maior atenção do banco ao cenário de inadimplência.

Carteira de crédito cresce e ativos totais recuam

Um dos pontos de destaque do trimestre foi o crescimento da carteira de crédito ampliada, que alcançou R$ 675,5 bilhões, uma alta de 1,5% na comparação com o segundo trimestre de 2024. Esse avanço reforça a estratégia do Santander de expandir o crédito, mesmo diante de um ambiente econômico mais cauteloso.

Por outro lado, os ativos totais do banco fecharam junho em R$ 1,224 trilhão, uma queda de 1,9% na comparação anual, o que reflete ajustes no balanço e mudanças estratégicas de alocação de recursos.

Perspectivas para os próximos trimestres

Apesar do desempenho abaixo das expectativas do mercado no curto prazo, o Santander Brasil mantém uma trajetória de crescimento sustentável, com foco na expansão da carteira de crédito e controle de despesas.

O aumento das provisões mostra cautela diante de um cenário de inadimplência, ao passo que os indicadores de rentabilidade e receita continuam sólidos. Com uma base de ativos robusta e capacidade de adaptação, o banco segue como um dos principais players do setor financeiro nacional.

Redação Contraponto

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