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Inadimplência de aluguel atinge maior índice desde outubro de 2023

A inadimplência de aluguel no Brasil segue em alta e atingiu em janeiro de 2025 o maior patamar desde a criação do índice, em outubro de 2023. No Distrito Federal, a taxa subiu para 3,48%, superando a média nacional e refletindo um cenário econômico desafiador para locatários e proprietários.

Crescimento da inadimplência no Distrito Federal

O Distrito Federal registrou um aumento significativo na inadimplência locatícia em janeiro de 2025. O percentual passou de 2,79% em dezembro de 2024 para 3,48%, representando um acréscimo de 0,69 ponto percentual. Em comparação com janeiro de 2024, quando a taxa era de 2,69%, o crescimento foi de 0,79 ponto percentual.

Este aumento coloca o DF acima da média nacional, que ficou em 3,44% no período, segundo dados do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, plataforma especializada em soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário.

Regiões com maior inadimplência de aluguel

A inadimplência de aluguel variou significativamente entre as regiões do país. Veja os índices registrados em janeiro de 2025:

  • Norte: 6,77%
  • Nordeste: 5,26%
  • Centro-Oeste: 3,93%
  • Sudeste: 3,07%
  • Sul: 2,77%

O Norte lidera o ranking da inadimplência, apresentando um percentual expressivamente superior às demais regiões.

Inadimplência por tipo de imóvel

No Centro-Oeste, a taxa de inadimplência variou conforme o tipo de imóvel:

  • Apartamentos: aumentaram de 2,66% em dezembro para 2,98% em janeiro (acima da média nacional de 2,33%).
  • Casas: reduziram ligeiramente de 4,49% para 4,43%, mas ainda estão acima da média nacional de 3,75%.
  • Imóveis comerciais: registraram um aumento de 5,34% para 5,72%, acima da média nacional de 4,55%.

Faixas de aluguel mais afetadas pela inadimplência

Nos imóveis residenciais, as maiores taxas de inadimplência foram observadas nas seguintes faixas de aluguel:

  • Acima de R$ 13.000: 5,80%
  • Até R$ 1.000: 5,34%
  • Entre R$ 2.000 e R$ 3.000: menor taxa, com 2,01%

Já nos imóveis comerciais, a inadimplência foi maior para aluguéis de até R$ 1.000 (6,97%), enquanto a menor taxa foi registrada na faixa de R$ 1.000 a R$ 2.000 (3,92%).

Impactos e perspectivas para o mercado imobiliário

O aumento da inadimplência impacta diretamente o setor imobiliário, afetando a previsibilidade de receita dos proprietários e gerando desafios para administradoras e locadores. A alta das taxas de juros e o endividamento das famílias são fatores que contribuem para esse cenário.

Para reduzir os riscos, algumas estratégias podem ser adotadas, como análise de crédito mais rigorosa, garantias locatícias (como seguro-fiança) e negociação flexível entre locadores e inquilinos.

O aumento da inadimplência de aluguel reflete desafios econômicos e financeiros enfrentados pelos brasileiros. Monitorar essas tendências é essencial para proprietários, imobiliárias e investidores que buscam minimizar riscos e manter a saúde financeira do setor.

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