Desafios e oportunidades do Open Finance no Brasil: o que você ainda não sabe sobre essa revolução

No episódio 175 do podcast ContraPonto, a conversa foi comandada por Alessandra Bonini e Bianca Marques, que receberam Ariane Haselmann, especialista com vasta experiência no setor bancário e uma das referências em Open Finance no Brasil. O episódio trouxe um panorama claro, acessível e extremamente atual sobre os principais desafios, benefícios e casos de uso dessa tecnologia que está transformando o setor financeiro.
Mais do que uma simples tendência, o Open Finance está redesenhando o relacionamento entre instituições financeiras e consumidores, promovendo empoderamento digital e competitividade saudável no mercado.
Se você ainda acha que Open Finance é “coisa só de banco”, este artigo vai te mostrar o contrário.
O que é Open Finance e por que ele importa tanto?
Segundo Ariane, o Open Finance é, acima de tudo, uma forma de devolver ao cliente o poder sobre seus próprios dados. Isso significa que o consumidor pode autorizar o compartilhamento de suas informações financeiras com outras instituições, promovendo mais liberdade e acesso a serviços melhores.
“Antigamente, você era refém do banco onde tinha conta. Agora, o poder está na sua mão.” – Ariane Haselmann
Esse modelo representa uma quebra de paradigmas no sistema bancário, facilitando a portabilidade de crédito, redução de tarifas, aprovação mais rápida de empréstimos e até melhores ofertas personalizadas.
O desconhecimento ainda é um obstáculo
Apesar do avanço tecnológico, ainda existe um grande desafio: a falta de conhecimento do público geral. Dados mencionados por Ariane revelam que 55% dos brasileiros não sabem o que é Open Finance, e entre os que sabem, poucos realmente entendem como ele funciona.
Essa desinformação precisa ser combatida não só pelos bancos, mas por todo o ecossistema financeiro — e iniciativas como o ContraPonto Podcast são fundamentais para isso.
Casos de uso reais: Open Finance vai muito além do crédito
Durante o episódio, Ariane compartilhou aplicações práticas que mostram a riqueza de possibilidades com o Open Finance:
- CRM mais eficiente: empresas podem identificar o perfil de consumo do cliente e segmentar campanhas de forma muito mais precisa.
- Portabilidade de serviços: se o cliente paga uma tarifa alta ou anuidade em outro banco, uma nova instituição pode fazer uma oferta mais vantajosa.
- Antifraude inteligente: ao conectar uma conta já validada, elimina-se a necessidade de etapas custosas como documentoscopia.
- Cadastro expresso: menos formulários, mais agilidade e menos atrito na jornada do cliente.
Essas funcionalidades beneficiam tanto grandes instituições quanto pequenas e médias empresas, que agora têm acesso a dados antes monopolizados pelos grandes bancos.
Open Finance para quem não toma crédito: vale a pena?
Um ponto curioso e altamente relevante foi levantado: quais são os benefícios do Open Finance para quem não busca crédito?
A resposta surpreende: muitos! Desde isenção de tarifas, melhores condições em cartões de crédito, até oportunidades de investimentos e produtos personalizados. Ou seja, mesmo quem não toma crédito se beneficia da transparência e competitividade que o Open Finance proporciona.
Barreiras culturais ainda precisam ser superadas
Apesar dos avanços, ainda há resistência emocional e cultural por parte dos usuários. Muitos têm receio de compartilhar dados com medo de perder crédito, serem recusados ou expostos.
No entanto, como Ariane esclarece, os dados negativos já estão nos birôs de crédito. O Open Finance, na verdade, ajuda a mostrar o lado positivo, inclusive de clientes que estão momentaneamente inadimplentes mas têm comportamento financeiro saudável.
O Brasil é referência global em inovação bancária
Ariane reforça com propriedade: o Brasil é um dos países mais avançados do mundo em termos de sistema bancário digital. O que para outros países ainda é novidade, aqui já é realidade há anos, como o caso dos modelos de crédito comportamental, do Pix e, agora, do Open Finance.
“O brasileiro é criativo, digital e adora uma novidade — isso faz toda a diferença.” – Ariane Haselmann
Representatividade importa: um episódio protagonizado por mulheres
Além do conteúdo técnico, o episódio teve um simbolismo importante: foi comandado exclusivamente por mulheres. Alessandra Bonini e Bianca Marques lideraram o papo com leveza, autoridade e didatismo, mostrando que o protagonismo feminino também é essencial na inovação financeira.
Assista ao episódio completo no YouTube
Quer entender tudo com mais profundidade e ainda se divertir com uma conversa leve, informativa e cheia de insights?
🎥 Assista agora ao episódio 175 do Podcast ContraPonto no YouTube e descubra por que o Open Finance vai mudar a forma como você lida com seu dinheiro!