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82% das transações bancárias no Brasil já são feitas por canais digitais

A digitalização dos serviços bancários no Brasil atingiu um novo patamar em 2024. De acordo com a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, realizada pela Deloitte, 82% das transações bancárias dos brasileiros foram feitas digitalmente, com forte predominância dos dispositivos móveis. Esse dado revela uma mudança significativa no comportamento do consumidor e na forma como o brasileiro lida com o dinheiro no dia a dia.

Celular se consolida como principal canal de transações bancárias

Os smartphones foram os protagonistas dessa transformação digital. Em 2024, 75% das operações bancárias ocorreram via mobile banking, o que equivale a 155 bilhões de transações feitas pelo celular — um crescimento de 15% em relação ao ano anterior, com 20 bilhões de operações a mais.

A Febraban destaca que o celular se tornou o principal ponto de contato entre os bancos e seus clientes, superando com folga os demais canais. Essa mudança vem sendo impulsionada não apenas pela praticidade e conveniência, mas também pelos avanços em segurança digital, como criptografia avançada e autenticação biométrica, que geram maior confiança do consumidor no ambiente digital.

Pix dispara e se consolida como ferramenta essencial do mobile banking

O crescimento do Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, também tem sido um motor dessa revolução digital. Em 2024, foram quase 25 bilhões de transações Pix feitas exclusivamente via celular, o que representa um crescimento impressionante de 41% em relação ao ano anterior.

Segundo a pesquisa, cada correntista realizou, em média, 55 transações Pix por mês usando o celular, o que mostra o quanto essa tecnologia foi incorporada à rotina financeira dos brasileiros — desde pequenas transferências entre amigos até pagamentos de contas e compras em estabelecimentos.

Agências bancárias perdem espaço, mas ainda têm papel estratégico

Enquanto o uso de canais digitais avança rapidamente, os canais físicos continuam a perder relevância. Em 2024, as transações feitas em agências, caixas eletrônicos e correspondentes bancários representaram apenas 5% do total.

As agências bancárias, por exemplo, registraram 3,6 bilhões de transações no ano, uma queda de 14% em comparação com 2023. Apesar dessa retração, esses canais ainda têm um papel estratégico para atendimentos complexos, negociações presenciais e relacionamento consultivo com o cliente.

Praticidade e segurança digital impulsionam transformação no setor

A rápida adesão aos canais digitais está relacionada a uma combinação de comodidade, acessibilidade e segurança. A possibilidade de acessar todos os serviços bancários a qualquer hora e lugar, aliada à sofisticação das tecnologias de segurança — como a biometria facial, autenticação em dois fatores e sistemas antifraude —, tem elevado a confiança do consumidor.

Para os bancos, essa digitalização também representa ganhos operacionais, redução de custos e a possibilidade de oferecer experiências mais personalizadas com base no uso de dados e inteligência artificial.

Redação Contraponto

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