Setor de cobrança ganha destaque com geração de empregos e inclusão social

O setor de cobrança no Brasil vai muito além da recuperação de dívidas. Ele tem se consolidado como uma verdadeira potência na geração de empregos formais e inclusão social, movimentando uma cadeia produtiva com forte impacto econômico e humano. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), empresas de recuperação de crédito por telesserviços estão entre as maiores empregadoras formais do país.

O número de contratações no setor de cobrança é expressivo, colocando-o entre os principais empregadores formais do Brasil. Essa relevância econômica é sustentada por empresas de telesserviços e contact centers especializados em cobrança e relacionamento com o consumidor.

Além de gerar renda, o setor também contribui para a profissionalização de milhares de brasileiros. O ambiente é dinâmico e oferece oportunidades de capacitação contínua, favorecendo o desenvolvimento de habilidades como comunicação, negociação e empatia — competências cada vez mais valorizadas no mercado atual.

Porta de entrada para o mercado de trabalho

Um dado que chama a atenção é que 45% dos profissionais do setor estão em início de carreira, sendo este seu primeiro emprego formal. Isso mostra que a cobrança se tornou uma verdadeira porta de entrada para jovens em busca de sua primeira experiência profissional.

Essas vagas são fundamentais para a redução do desemprego entre os mais jovens, que frequentemente enfrentam dificuldade para ingressar no mercado formal pela falta de experiência. Além disso, o setor também tem se mostrado acessível e acolhedor para mulheres e pessoas em busca de reinserção profissional.

Valorização da diversidade e da maturidade profissional

Outro ponto de destaque é a inclusão do público 50+, que encontra no setor de cobrança oportunidades reais de continuidade ou recomeço profissional. Em um país onde o etarismo ainda é um obstáculo, esse dado mostra como a atividade valoriza a experiência e a maturidade dos trabalhadores.

A diversidade de perfis entre os profissionais do setor contribui para a construção de equipes mais equilibradas e preparadas para lidar com o público de forma empática e eficiente.

Capacitação, ética e transformação social

De acordo com Rodrigo Mandaliti, presidente do IGEOC (Instituto Gestão de Excelência Operacional em Cobrança), o setor de cobrança não apenas emprega, mas capacita e transforma vidas. “Nossa responsabilidade vai além dos números: estamos falando de impacto social e transformação de vidas”, afirma.

Atualmente, o IGEOC reúne 28 empresas associadas que seguem padrões rigorosos de ética, conformidade e gestão responsável. A missão do instituto é fortalecer a imagem do setor e promover boas práticas que valorizem tanto o relacionamento com o consumidor quanto a carreira dos profissionais envolvidos.

Um setor que cresce com responsabilidade

Com a crescente profissionalização e compromisso com boas práticas, o setor de cobrança tem ganhado respeito e reconhecimento. Ele não apenas recupera valores para empresas e instituições financeiras, como também desempenha um papel crucial na estrutura social e econômica do país.

A junção entre empregabilidade, inclusão e capacitação torna esse segmento um modelo a ser seguido, mostrando que é possível aliar performance a propósito.