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Pix com função crédito chega em setembro: o que muda para o consumidor brasileiro

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, está prestes a ganhar uma nova funcionalidade que promete transformar ainda mais o cenário financeiro no Brasil. A previsão é que, em setembro de 2025, entre em operação o Pix com função crédito, permitindo parcelamentos diretamente via Pix — uma alternativa ao tradicional cartão de crédito.

Enquanto o sistema já é alvo de atenção internacional, inclusive citado em discursos do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, a nova funcionalidade representa um passo estratégico rumo à modernização do sistema financeiro nacional.

O que é o Pix com função crédito?

A nova modalidade do Pix permitirá que usuários realizem pagamentos parcelados diretamente pelo sistema, sem a necessidade de cartão físico ou bandeira de crédito. Com isso, será possível realizar compras em estabelecimentos físicos e online e optar pelo parcelamento do valor, com intermediação de instituições financeiras ou fintechs.

A lógica será semelhante à do cartão de crédito tradicional: o consumidor realiza a compra parcelada e o lojista recebe o valor à vista, enquanto o comprador quita as parcelas conforme o prazo escolhido. Tudo isso será realizado dentro da estrutura do Pix, com liquidação instantânea para o recebedor e controle digital para o pagador.

Por que essa funcionalidade é tão aguardada?

O Pix crédito tem potencial para democratizar o acesso ao parcelamento no Brasil, principalmente entre consumidores que não têm cartão de crédito ou têm baixo limite. Além disso, o custo operacional para os lojistas tende a ser menor que o de maquininhas e bandeiras tradicionais, o que pode refletir em preços mais competitivos.

Com a nova função, o Banco Central busca aumentar a competitividade no mercado de crédito ao consumo, oferecendo uma alternativa moderna, rápida e segura aos meios tradicionais. Isso pode impactar diretamente empresas de maquininhas, emissores de cartão e até o setor bancário como um todo.

Como vai funcionar na prática?

A função crédito do Pix será integrada ao Open Finance e contará com a participação ativa de bancos, fintechs e iniciadores de pagamento autorizados pelo Banco Central. Ao escolher a opção de parcelamento via Pix, o consumidor será direcionado para uma interface de aprovação da operação, com condições de crédito e taxas previamente informadas.

Os detalhes técnicos da implementação ainda estão sendo finalizados, mas a expectativa é que a solução traga mais transparência e controle para o consumidor, com notificações claras e acesso facilitado ao histórico das parcelas.

O impacto internacional do Pix

O Pix já é referência internacional em sistemas de pagamento em tempo real. O seu sucesso chamou a atenção inclusive de Donald Trump, que o citou de forma crítica ao comentar sobre o avanço de sistemas financeiros alternativos fora dos Estados Unidos. A nova função crédito, ao consolidar o Pix como uma alternativa completa ao cartão de crédito, reforça ainda mais o papel de protagonismo do Brasil em inovação financeira.

O que esperar do futuro do Pix?

Com a chegada do parcelamento via Pix, o sistema entra de vez no campo do crédito ao consumo digital. Isso amplia as possibilidades para consumidores e impulsiona o uso do Pix em novos contextos. Além disso, a adoção da nova funcionalidade dependerá da estratégia de bancos e fintechs, que devem oferecer ofertas personalizadas com base em perfil de risco, histórico de crédito e dados do Open Finance.

Especialistas acreditam que essa inovação pode alterar significativamente a forma como os brasileiros lidam com o crédito, promovendo mais inclusão financeira e menos dependência do sistema tradicional.

Redação Contraponto

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