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O Pix pode ser o dinheiro do futuro? Nobel de Economia destaca inovação brasileira

O sistema de pagamentos instantâneos Pix, criado e gerido pelo Banco Central do Brasil, continua chamando atenção internacionalmente. Em um artigo recente, o prêmio Nobel de Economia Paul Krugman questiona: será que o Brasil inventou o dinheiro do futuro?

Neste artigo, vamos explorar as observações de Krugman, os avanços do Brasil rumo a uma moeda digital e o impacto do Pix como modelo global. Confira por que o Pix pode ser o início de uma revolução financeira.

O que Paul Krugman disse sobre o Pix

Paul Krugman, um dos economistas mais influentes do mundo, publicou um artigo onde analisa o impacto do Pix e o compara com sistemas similares nos Estados Unidos, como o Zelle. Para ele, o Pix representa um avanço significativo por ser fácil de usar, instantâneo e acessível.

Krugman chama atenção para a popularidade do sistema brasileiro, que já é usado por 93% dos adultos do país. Isso faz com que o Pix esteja substituindo dinheiro em espécie e cartões, consolidando-se como a principal forma de pagamento no Brasil.

Pix como base para uma moeda digital

Krugman destaca que o Pix pode ser o primeiro passo rumo a uma moeda digital emitida pelo Banco Central (CBDC). No Brasil, esse projeto já tem nome: Drex, e está em fase de desenvolvimento. O Pix seria, portanto, uma espécie de “ensaio geral” para essa nova forma de dinheiro, mais moderna e eficiente.

Segundo ele, o modelo brasileiro poderia inspirar outros países, especialmente na criação de soluções públicas que não dependem exclusivamente do setor financeiro privado.

Por que o Pix é mais eficiente que cartões e outros meios

Um dos principais destaques feitos por Krugman é a velocidade e o custo das transações:

  • Enquanto pagamentos com cartão de débito podem levar até dois dias para serem concluídos, e os de crédito até 28 dias, o Pix transfere valores em apenas três segundos.
  • O custo também é um diferencial. Para pessoas físicas, o Pix é gratuito. Para empresas, a taxa é de apenas 0,33%, muito menor que os 1,13% dos cartões de débito e os 2,34% dos cartões de crédito.

Essa eficiência transforma o Pix em uma alternativa mais acessível, econômica e eficaz.

Por que os EUA não devem adotar algo parecido com o Pix

Apesar do sucesso do Pix no Brasil, Krugman acredita que os Estados Unidos não seguirão o mesmo caminho, por dois motivos principais:

  1. O poder do setor financeiro privado, que teria forte resistência a um sistema público que concorra com seus produtos.
  2. A visão ideológica dominante, especialmente entre republicanos, de que o governo não deve intervir com soluções públicas, mesmo que sejam mais eficazes.

Além disso, ele menciona que o Pix foi alvo de uma investigação do governo americano por suposta concorrência desleal, o que revela o desconforto de setores tradicionais frente a inovações públicas disruptivas.

O Brasil como referência em inovação financeira

Com o sucesso do Pix e o avanço no desenvolvimento do Drex, o Brasil se posiciona como referência mundial em pagamentos digitais. Enquanto países como os Estados Unidos enfrentam resistências culturais e políticas, outras nações podem olhar para o modelo brasileiro como uma inspiração para construir sistemas mais eficientes, justos e acessíveis.

O reconhecimento de Paul Krugman reforça essa liderança e mostra que, mesmo em um cenário global dominado por grandes economias, a inovação pode surgir de onde menos se espera — e transformar o futuro do dinheiro.

Redação Contraponto

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