Inadimplência em consórcios cai para 2,35% em 2024: entenda os motivos e as vantagens da modalidade

O consórcio segue se destacando como uma alternativa segura e planejada de aquisição de bens e serviços. Dados divulgados pelo Banco Central (BC) mostram que, em dezembro de 2024, a inadimplência nos consórcios caiu para 2,35%, uma redução de 0,20 ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2023. Em um cenário de juros elevados, essa modalidade de autofinanciamento vem ganhando força entre consumidores que buscam evitar os altos custos dos financiamentos tradicionais.
Menor inadimplência em comparação a outras modalidades
Enquanto o crédito livre para empréstimos e financiamentos fechou 2024 com inadimplência de 3%, o consórcio se manteve abaixo, reforçando sua atratividade como forma mais equilibrada de compromisso financeiro. Essa diferença reflete o perfil mais cauteloso dos consorciados e a estrutura do sistema, que exige planejamento de médio a longo prazo.
Por que o consórcio atrai mais em tempos de juros altos?
Em ciclos de alta da taxa Selic, como o recente enfrentado pela economia brasileira, o consórcio se torna uma alternativa mais viável para quem quer comprar imóveis, automóveis ou contratar serviços sem pagar juros abusivos. No caso de um financiamento imobiliário tradicional, o comprometimento de renda é limitado, e o aumento dos juros reduz o poder de compra de muitas famílias — o que pode levar à inadimplência.
O consórcio, por outro lado, não cobra juros, apenas uma taxa de administração, o que preserva o orçamento e viabiliza a aquisição de bens de forma mais saudável.
Seguro opcional reduz riscos para os grupos
Outra vantagem é o uso de seguros de quebra de garantia, que suavizam o risco de inadimplência para os grupos de consórcio. Isso aumenta a segurança para todos os participantes e protege o fundo comum utilizado nas contemplações, mesmo em situações imprevistas como falecimentos ou alterações no orçamento dos consorciados.
Quais os motivos para inadimplência no consórcio?
Apesar da taxa reduzida, é importante lembrar que o consórcio envolve compromisso de longo prazo — muitas vezes com duração de vários anos. Mudanças na renda, demissões, doenças ou eventos inesperados podem afetar a capacidade de pagamento, mesmo em contratos planejados.
Por isso, é fundamental avaliar cuidadosamente o valor das parcelas, o tempo de espera e a estabilidade financeira antes de aderir a um grupo.
Vantagens do consórcio: mais do que imóveis e carros
Além da tradicional compra de imóveis e automóveis, o consórcio hoje atende a vários perfis de consumo. Há planos voltados para viagens, procedimentos estéticos, educação, reformas, equipamentos e até serviços profissionais.
Outros benefícios oferecidos pelas administradoras incluem:
- Lances fixos e lances livres, que antecipam a contemplação;
- Upgrade de crédito, que permite adquirir bens de maior valor;
- Redução de parcelas, em algumas condições contratuais.
Considerações finais: Planejamento é a chave do sucesso
O consórcio é ideal para quem não tem pressa, mas busca um caminho seguro para realizar sonhos, com menos exposição ao endividamento. Com inadimplência em queda, estrutura flexível e menos custos embutidos, a modalidade segue crescendo em preferência entre consumidores que priorizam o equilíbrio financeiro.