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Crédito do Trabalhador já soma R$ 8 bilhões em empréstimos: o que muda a partir de hoje?

O programa Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo em março de 2025, movimentou R$ 8 bilhões em pouco mais de um mês, beneficiando mais de 1,4 milhão de trabalhadores com carteira assinada (CLT). Com o início de uma nova fase nesta sexta-feira (25), a expectativa é de expansão ainda maior no acesso ao crédito consignado privado. Veja neste artigo tudo o que você precisa saber sobre o funcionamento da iniciativa, como solicitar o crédito e quais mudanças estão por vir.

O que é o Crédito do Trabalhador?

Lançado em 21 de março de 2025 pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Crédito do Trabalhador é uma nova modalidade de empréstimo consignado voltada para trabalhadores do setor privado com registro em carteira (CLT). Essa linha de crédito permite que as parcelas sejam descontadas diretamente da folha de pagamento do trabalhador, reduzindo riscos para os bancos e, consequentemente, oferecendo taxas de juros mais atrativas.

Resultados expressivos no primeiro mês

De acordo com dados do MTE até o dia 23 de abril, já foram fechados 1.470.150 contratos, beneficiando 1.439.056 trabalhadores. A diferença entre esses números se dá porque um mesmo trabalhador pode ter mais de um vínculo de emprego e, por isso, realizar mais de um contrato.

O valor médio de cada empréstimo é de R$ 5.502, com prazo médio de 16 meses para pagamento. Os cinco estados com maior volume de contratações são:

  • São Paulo
  • Rio de Janeiro
  • Minas Gerais
  • Rio Grande do Sul
  • Paraná

Perfil dos trabalhadores que mais contrataram

A maior parte dos contratos — 476.322 (32,4%) — foi solicitada por pessoas com renda entre dois e quatro salários mínimos (R$ 3.306 a R$ 6.072). Esse mesmo grupo também representa 30% do valor total emprestado, o equivalente a R$ 2,4 bilhões.

Em segundo lugar em número de contratos aparecem os trabalhadores que recebem entre um e dois salários mínimos (R$ 1.518 a R$ 3.306), com 28,85% do total (424.160 contratos).

Por outro lado, os que ganham acima de oito salários mínimos (mais de R$ 12.144) ocupam o segundo lugar no volume de recursos liberados, com R$ 2,3 bilhões.

O que muda a partir do dia 25?

Até agora, o Crédito do Trabalhador estava disponível exclusivamente por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). A partir de 25 de abril, os bancos poderão oferecer diretamente o crédito em seus próprios aplicativos, facilitando o acesso dos trabalhadores à linha de crédito.

Essa nova etapa, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), deve ampliar ainda mais a contratação de empréstimos, já que as instituições financeiras poderão fazer ofertas mais competitivas, com simulações personalizadas e taxas de juros reduzidas.

Importante: mesmo com essa nova alternativa, a contratação seguirá disponível também pela CTPS Digital.

Troca de dívidas com juros menores

Uma das maiores vantagens do Crédito do Trabalhador é a possibilidade de trocar dívidas mais caras, como CDC (Crédito Direto ao Consumidor) ou outros consignados, por essa nova linha com juros mais baixos. O processo é feito diretamente nos apps dos bancos ou pela Carteira de Trabalho Digital, de forma simples e digital.

Como solicitar o Crédito do Trabalhador pelo app da CTPS Digital

  1. Acesse a Carteira de Trabalho Digital na loja de aplicativos (Android ou iOS);
  2. Faça login com sua conta gov.br ou biometria;
  3. Clique no banner “Crédito do Trabalhador” na tela inicial;
  4. Em seguida, clique em “Faça uma simulação”;
  5. A plataforma irá mostrar seu vínculo empregatício, o limite disponível e os campos “De quanto você precisa?” e “Em quantas parcelas?”;
  6. Após preencher, clique em Simular empréstimo”;
  7. O sistema apresentará uma taxa de referência e o valor total a pagar;
  8. Após autorizar o compartilhamento de dados, os bancos têm até 24 horas para apresentar propostas com melhores condições.

O Crédito do Trabalhador é uma alternativa segura e acessível para quem precisa de dinheiro com juros reduzidos e pagamento facilitado. Com a nova fase que entra em vigor em 25 de abril, o programa deve se tornar ainda mais popular entre os trabalhadores com carteira assinada, especialmente os que buscam renegociar dívidas ou obter crédito com mais transparência e praticidade.

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