Crédito e Cobrança

A portabilidade de crédito pelo Open Finance promete transformar o acesso ao dinheiro em 2026

Nova funcionalidade deve reduzir custos, acelerar migração de empréstimos e ampliar as vantagens competitivas no mercado de crédito brasileiro

O Banco Central se prepara para lançar, em fevereiro de 2026, uma das funcionalidades mais aguardadas do Open Finance: a portabilidade de crédito totalmente integrada ao ecossistema. A novidade permitirá que consumidores transfiram suas operações de crédito para outra instituição com condições melhores sem enfrentar burocracia, filas ou etapas presenciais.

A ferramenta será completamente digital e trará comparações visuais que indicam se a migração é realmente vantajosa. Cores como verde e vermelho serão usadas para mostrar ao usuário se a proposta é melhor ou pior do que a operação atual. Isso simplifica a tomada de decisão e ajuda a aumentar a competição entre bancos e fintechs.

Por que a novidade deve impulsionar o Open Finance

Segundo a Associação Open Finance, a portabilidade representa um passo essencial para aproximar o sistema do mercado de crédito, área onde os consumidores mais sentem o peso dos juros altos. Para a diretora presidente Ana Carla Abrão, que apresentou a novidade durante o Seminário Internacional Acrefi de Crédito, não participar do ecossistema já significa perder competitividade.

Atualmente, o Open Finance conta com 770 instituições participantes. A expectativa é que o lançamento da portabilidade acelere ainda mais essa expansão.

Como funciona o Open Finance e por que ele é considerado o “primo menos conhecido do Pix”

O Open Finance é um sistema que permite o compartilhamento de dados financeiros entre instituições mediante autorização do cliente. Com mais informação à disposição, os bancos podem criar ofertas personalizadas, taxas mais atrativas e serviços adequados ao perfil e ao comportamento de cada usuário.

Apesar de seu grande potencial, o sistema ainda é menos conhecido do que o Pix, mesmo sendo uma das principais apostas do Banco Central para os próximos anos. Para Abrão, o Open Finance deve evoluir para um espaço unificado onde o consumidor poderá gerenciar seus serviços financeiros sem depender de vários aplicativos diferentes.

Benefícios para consumidores e bancos

A nova funcionalidade não apenas reduz a burocracia da portabilidade tradicional como também diminui custos operacionais das instituições e encurta o prazo de conclusão do processo. Entre os benefícios esperados estão:

• Acesso mais fácil a taxas competitivas
• Aumento da transparência nas propostas
• Comparação rápida entre condições
• Incentivo à concorrência entre instituições
• Serviços mais personalizados, baseados no histórico real do cliente

Além de empréstimos, o Open Finance abre espaço para ferramentas de gestão financeira, alertas sobre uso de cheque especial, vencimento de contas, controle de gastos e melhor gerenciamento de investimentos.

A importância da comunicação para ampliar a adesão

Um dos principais desafios do Open Finance é a resistência natural dos consumidores em compartilhar seus dados. Abrão destaca que o papel das instituições participantes é crucial, já que são elas que se relacionam diretamente com o cliente.

A recomendação é que bancos, cooperativas e fintechs reforcem sua estratégia de comunicação para explicar de forma clara as vantagens do sistema e o impacto positivo de aderir ao Open Finance.

Redação Contraponto

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