CAPACrédito e Cobrança

Qual é o momento certo para trocar de CRM?

Se você chegou até aqui, é provável que esteja se fazendo ou já fez a pergunta inevitável: “Será que é hora de trocar meu CRM?”

Essa dúvida é mais comum do que parece. Afinal, estamos falando da solução que centraliza sua operação, armazena seus dados mais valiosos e influencia diretamente seus resultados.

Por que existe tanta resistência à troca?

Trocar de CRM não é apenas uma decisão técnica, é uma mudança de cultura, processos e, muitas vezes, de mindset. Veja os principais medos que paralisam gestores e na tomada de decisão:

  • Impacto nos resultados, perda de performance;
  • Complexidade de implantação;
  • Processo trabalhoso, e por vezes, moroso;
  • Não sabe por onde começar;
  • Receio de acabar com um problema ainda maior.

E tanto outros pontos de insegurança são levantados no momento de decidir.

Quando é realmente hora de migrar?

Antes de olhar para o “como”, é essencial entender o “quando”.

Se sua ferramenta atual apresenta alguns dos sinais abaixo, é hora de considerar a troca:

1 – Sinais Técnicos

  • Sistema lento, que compromete a produtividade;
  • Falta de integrações com ferramentas essenciais;
  • Relatórios limitados ou engessados;
  • Ausência de automações básicas;
  • Instabilidade frequente.

2 – Sinais operacionais

  • Impossibilidade de escalar operações;
  • Processos excessivamente manuais;
  • Reclamações constantes da equipe;
  • Perda de oportunidades por limitações técnicas;
  • Custos crescentes sem entrega proporcional.

3 – Sinais Estratégicos

  • Seu modelo de negócio mudou ou cresceu;
  • Necessidade de recursos específicos (ex: cobrança digital);
  • Falhas de compliance ou segurança de dados.

Como fazer uma migração segura e bem-sucedida?

1. Planejamento estratégico

  1. Diagnóstico Atual:

Tudo começa dentro de casa. Mapeie o que funciona e o que não funciona no CRM atual, liste processos, integrações, relatórios e automações em uso.

  • Definição de Requisitos:

O próximo passo, é elaborar uma lista clara do que o novo CRM precisa oferecer, não apenas para o momento atual, mas para os próximos 2 ou 3 anos.

  • Pesquisa de Mercado:

Analise ao menos 3 opções. Avalie funcionalidades, usabilidade, suporte, reputação e aderência ao setor de cobrança. Atenção: O preço deve ser uma variável, não a única!

2. Validação e testes

  1. Demonstrações e Trials:

Solicite apresentações voltadas ao seu contexto. Utilize dados reais nos testes (seguindo a LGPD).

  • Prova de Conceito (POC):

Implemente um piloto com uma carteira ou equipe reduzida. Valide resultados antes da migração em larga escala.

3. Preparação para a migração

  1. Mapeamento de Dados:

Identifique quais dados serão migrados, como serão estruturados e quais campos precisam ser adaptados.

  • Estratégia de Migração:

Escolha entre migração gradual (por carteira/equipe) ou total. Para cobrança, o modelo gradual é altamente recomendado.

  • Treinamento da Equipe:

Capacite intensamente a equipe. Um time bem treinado é o maior diferencial para o sucesso da mudança.

Checklist de migração

Antes da Migração

  • Backup completo
  • Mapeamento de campos e integrações
  • Cronograma e responsáveis definidos
  • Comunicação clara com a equipe
  • Contrato assinado e ambiente de testes pronto

Durante a Migração

  • Monitoramento em tempo real
  • Validação de dados migrados
  • Suporte técnico disponível
  • Testes das integrações críticas
  • Backups de segurança em cada etapa

Após a Migração

  • Validação final de dados
  • Testes das funcionalidades críticas
  • Treinamento complementar
  • Monitoramento dos resultados
  • Otimizações conforme uso real
  • Documentação atualizada

Dicas de ouro para uma migração tranquila

  1. Comece pequeno: Pilote com uma carteira e equipe pequenas antes de expandir.
  2. Mantenha a solução antiga em paralelo: Só desligue o sistema antigo após todas as validações.
  3. Limpe seus dados: Aproveite para eliminar duplicidades e informações desatualizadas.
  4. Comunique-se constantemente: Envolva e informe todas as áreas.
  5. Tenha um plano B: Prepare um rollback, se necessário.
  6. Meça o sucesso: Defina KPIs como produtividade, tempo de atendimento, tempo de processamento de carga, satisfação da equipe entre outros.

Como reduzir o impacto nos resultados?

  • Planeje a transição para períodos de menor fluxo;
  • Mantenha campanhas críticas no sistema antigo até o novo estar 100%;
  • Tenha uma equipe de suporte dedicada durante o processo;
  • Acompanhe as métricas diariamente e reaja rápido.

O maior risco não é migrar, mas ficar onde está e esperar o melhor momento. Acredite, ele nunca virá! Uma tecnologia desatualizada não é apenas um freio operacional. É um custo invisível que cresce mês após mês, enquanto o resultado afunda. O momento certo para trocar é quando o custo de continuar supera o custo de mudar, e o que define este custo não é apenas o valor da licença.

E você, já passou por alguma experiência assim?

Claudê Sá

Especialista em Cobrança Digital com mais de 27 anos de experiência, tendo atuado em empresas como Banco Itaú, Paschoalotto, Flex Contact Center, Pontaltech e Adimplere. Graduado em Administração, com pós-graduado em Gestão Estratégica de Negócios pela FGV e MBA em Varejo e Mercado de Consumo e Marketing ambos pela ESALQ-USP. More »

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