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Golpe da ‘mão fantasma’: homem perde R$ 31 mil com PIX e link falso no Paraná

Fraude digital cresce e preocupa usuários do sistema financeiro

Um homem de 49 anos, morador de Marquinho, na região central do Paraná, perdeu R$ 31 mil após cair no golpe da “mão fantasma”, modalidade de fraude que vem crescendo no Brasil. O esquema consiste em obter acesso remoto ao celular da vítima, permitindo que criminosos façam transferências bancárias ilegais.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta para a frequência cada vez maior desse tipo de crime e reforça que instituições financeiras nunca solicitam senhas, dados de cartão ou instalação de aplicativos por links enviados em mensagens.

Como funciona o golpe da mão fantasma

O golpe normalmente começa com uma abordagem de criminosos que se passam por funcionários de bancos. Eles alegam que houve movimentações suspeitas na conta da vítima e enviam um link para que ela instale um aplicativo.

Esse aplicativo, na verdade, dá acesso remoto ao celular, permitindo que os golpistas visualizem informações, acessem contas e realizem transferências.

Segundo Walter Faria, diretor-adjunto da Febraban, após a instalação, os criminosos conseguem acessar dados pessoais, senhas armazenadas em aplicativos e informações de segurança, ampliando o alcance da fraude.

Risco de senhas armazenadas no celular

Um dos pontos críticos desse golpe está na forma como as pessoas lidam com suas senhas. Muitos usuários ainda anotam credenciais em blocos de notas, mensagens de WhatsApp ou e-mails, o que facilita a ação dos criminosos.

A Febraban recomenda que as senhas sejam sempre guardadas em locais seguros e que não sejam repetidas em diferentes serviços, pois isso aumenta a vulnerabilidade em plataformas com menor nível de proteção.

O caso em marquinho

A vítima havia realizado um pagamento via Pix de R$ 1 mil a um comerciante, cujo WhatsApp estava clonado. Em seguida, foi contatada por golpistas que se passaram por seu gerente bancário. Eles pediram que acessasse um link para um suposto reconhecimento facial.

Após seguir as instruções, o celular travou e diversas transferências foram feitas sem autorização, chegando ao total de R$ 31 mil. Além disso, os criminosos usaram o WhatsApp da vítima para solicitar depósitos a seus contatos.

Segurança e investigações

A Polícia Civil foi acionada e deve investigar o caso. Enquanto isso, a Febraban reforça que os aplicativos bancários oficiais, disponíveis apenas na Google Play Store e na App Store, são desenvolvidos com os mais altos padrões de segurança.

A recomendação é que os clientes sempre verifiquem a origem dos aplicativos, desconfiem de links recebidos por mensagem e mantenham a atenção a contatos suspeitos que se passam por representantes de bancos.

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Redação Contraponto

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