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Entenda o ataque hacker à empresa que conecta bancos ao Pix

Um dos maiores ataques cibernéticos da história do Brasil abalou o sistema financeiro recentemente. A empresa C&M Software, que faz a ponte entre instituições financeiras e o Banco Central no uso do Pix, foi alvo de um ataque hacker de grandes proporções, expondo vulnerabilidades críticas na infraestrutura que sustenta parte das operações bancárias do país.

O que é a C&M Software e qual sua função no Pix

A C&M Software é uma empresa especializada em soluções tecnológicas para o setor financeiro. Uma de suas principais funções é conectar bancos, fintechs e instituições de pagamento ao Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), a espinha dorsal do Pix, operado pelo Banco Central.

Por meio das soluções da C&M, diversas instituições conseguem realizar transações via Pix com segurança, velocidade e integração aos sistemas regulatórios do Bacen. Por isso, um ataque dessa magnitude levanta preocupações não apenas sobre a empresa, mas sobre a resiliência do sistema financeiro como um todo.

Como ocorreu o ataque cibernético

O ataque, classificado como ransomware, comprometeu a infraestrutura de TI da C&M Software. Hackers conseguiram invadir os sistemas da empresa, criptografar dados e exigir pagamento de resgate para devolução do controle. Ainda não se sabe se dados sensíveis de instituições financeiras ou de seus clientes foram acessados, mas o ataque causou interrupções significativas no serviço.

Quais serviços foram afetados

Instituições que dependem das soluções da C&M enfrentaram instabilidades para realizar ou receber pagamentos via Pix, sobretudo no dia do ataque. Alguns bancos reportaram atrasos nas transações e dificuldades para manter a comunicação com o SPI. Isso mostra o nível de dependência que muitas instituições têm de provedores terceirizados para operar dentro das diretrizes do Banco Central.

Existe risco para os dados dos clientes?

Até o momento, não há confirmação oficial sobre o vazamento de dados de clientes finais. No entanto, como o ataque envolveu criptografia de servidores e sistemas internos, especialistas alertam que há possibilidade de comprometimento de informações confidenciais.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foi acionada para investigar se houve violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e se será necessária notificação formal aos titulares dos dados.

Como o Banco Central reagiu ao ataque

O Banco Central informou que o SPI, sistema que opera o Pix, não foi comprometido. A autarquia reforçou que o ataque se limitou à infraestrutura da C&M Software e que segue monitorando o caso. O Bacen ainda destacou que as instituições financeiras devem adotar medidas de resiliência cibernética e que parcerias com terceiros precisam ser gerenciadas com alto nível de exigência técnica e contratual.

O que a C&M Software declarou

A empresa confirmou o ataque e disse estar trabalhando com especialistas em segurança cibernética para mitigar os impactos. Informou também que está colaborando com autoridades reguladoras e policiais na investigação. A C&M se comprometeu a reforçar suas medidas de segurança e atualizar seus sistemas para prevenir novos incidentes.

O que muda para bancos e fintechs

O episódio serve de alerta para o setor financeiro quanto à dependência de terceiros em processos críticos. Bancos e fintechs devem revisar suas políticas de segurança, planos de continuidade de negócios e estratégias de redundância. Também devem exigir de seus fornecedores padrões mais rigorosos de compliance digital.

O impacto na confiança do Pix

Embora o sistema do Banco Central continue seguro, o ataque coloca em xeque a confiança da população em um dos meios de pagamento mais populares do país. A comunicação clara por parte das instituições e a rápida contenção dos efeitos são fundamentais para preservar a credibilidade do Pix e a estabilidade do ecossistema financeiro brasileiro.

Redação Contraponto

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