Dados Não Tradicionais em Crédito, Riscos e Fraudes: O Futuro da Concessão e Recuperação Inteligente
Como dados não tradicionais estão revolucionando a análise, concessão e recuperação de crédito em um cenário de riscos e fraudes cada vez mais sofisticados.

O cenário de crédito no Brasil passa por profundas transformações. Em meio a um ambiente econômico desafiador e a crescente sofisticação das fraudes, torna-se cada vez mais evidente que apenas “dados tradicionais” como Score de crédito, Restrições cadastrais e Histórico financeiro não são suficientes para decisões assertivas na Análise, Concessão e Recuperação de crédito.
É neste contexto que os “dados não tradicionais” emergem como aliados estratégicos. Eles ampliam a capacidade analítica de instituições financeiras, fintechs, escritórios de cobrança, BPOs e Varejistas, ou seja, de todo o Ciclo de Crédito, oferecendo uma visão mais preditiva e comportamental dos riscos reais.
E quando falamos de riscos reais, englobamos clientes pessoas física e jurídica.
O que são dados não tradicionais?
Diferente dos dados tradicionais utilizados pelos Birôs de Crédito, os dados não tradicionais incluem informações como:
- Histórico de processos judiciais (movimentações, execuções, fraudes);
- Comportamento digital e padrões de consumo;
- Relacionamentos comerciais ocultos entre CNPJs;
- Dados alternativos de pagamentos e inadimplência não registrados nos birôs;
- Perfil jurídico de atuação empresarial (volume e tipo de litígios);
- Presença em malhas de fraude (por geolocalização, rede de conexões e histórico).
Esses dados fornecem insights valiosos e preditivos, antecipando problemas que os modelos tradicionais não conseguem capturar.
Visibilidade estratégica: Qual impacto na utilização desses dados?
Incorporar esses dados às esteiras de análise não significa “fechar a torneira do crédito”. Pelo contrário, significa abrir espaço para aprovações mais seguras, sustentadas por uma análise contextualizada.
Com dados não tradicionais, é possível:
- Aumentar a taxa de aprovação com segurança (liberando crédito para bons pagadores que os scores não identificam);
- Identificar riscos ocultos, mesmo em clientes com bom histórico financeiro;
- Reduzir significativamente fraudes de identidade ou jurídicas;
- Reavaliar carteiras e linhas de crédito com maior profundidade e precisão;
- Conceder crédito com inteligência de longo prazo, preservando a rentabilidade das operações.
Impactos na Recuperação e Cobrança
Os dados não tradicionais também mudam o jogo na Recuperação de créditos. Com acesso a informações mais ricas, como a real capacidade de pagamento do devedor, seu envolvimento em processos judiciais ou vínculos comerciais, torna-se possível:
- Segmentar a cobrança por potencial de recuperação;
- Reduzir custos operacionais ao evitar tentativas ineficazes;
- Aumentar a efetividade das ações judiciais e extrajudiciais;
- Priorizar negociações personalizadas e estratégias mais aderentes ao perfil de cada devedor.
2026: O crédito mais caro e exigente
Com a expectativa de juros ainda elevados e inadimplência pressionada em 2026, o mercado terá de operar com margens menores e mais risco. A exigência por análise mais precisa e uso inteligente de dados se tornará regra.
Não haverá espaço para decisões cegas ou baseadas em modelos do passado. O futuro do crédito pertence às empresas que souberem transformar informação em vantagem competitiva, seja para conceder, seja para recuperar.
Aprimoramento e Inteligência frente aos Desafios
Dados não tradicionais são mais do que um diferencial, são um divisor de águas entre Instituições reativas e aquelas Estrategicamente preparadas. Em um mercado onde o risco é dinâmico e as fraudes evoluem, inovar nas fontes e na leitura dos dados é essencial.
Conceder crédito de forma responsável e recuperar com eficiência depende cada vez mais da visibilidade correta, da análise de contexto e da capacidade de enxergar além do óbvio.
Espero que tenham gostado e até o próximo artigo…
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