Carreira

Você sabe mudar de papel sem perder a essência?

Como a liderança educadora fortalece times e se adapta a diferentes contextos

Liderança educadora é transitar entre papéis com consciência, escuta e intenção.

Em muitas fases da minha trajetória, ouvi que uma boa líder deveria ser firme, objetiva, estrategista, racional. Mais tarde, me disseram que precisava ser empática, acolhedora, próxima. E, em outras situações, que era hora de ser técnica, pragmática, mão na massa.

A verdade? Todas estavam certas, e todas, incompletas.

A liderança educadora não se resume a um único estilo. Ela se constrói na capacidade de transitar entre papéis, com consciência do momento, do time, do desafio e da intenção.

Já fui mentora, facilitadora, gestora, executora, ouvinte, provocadora, mediadora. E sigo sendo tudo isso , dependendo do que o contexto pede.

Gosto de pensar que liderar é um pouco como estar em um set de filmagem. 
Tem dias em que somos o diretor, guiando a visão e coordenando os bastidores. 
Outros, assumimos o papel de produtora, resolvendo entraves, alinhando recursos, garantindo que tudo aconteça. 
Às vezes, viramos roteiristas, redesenhando caminhos junto com o time. 
Tem dias em que somos atriz principal, e outros, só mais alguém na equipe técnica, ajudando em silêncio para que a cena aconteça.

Cada papel importa. Nenhum é fixo. 
E o mais potente é perceber que a liderança se revela justamente na capacidade de experimentar esses papéis, e de saber quando ocupar cada um.

Transitar entre papéis não é perder identidade. É ganhar inteligência de contexto e maturidade emocional. 
É saber quando escutar e quando direcionar. Quando inspirar e quando provocar. Quando ensinar e quando aprender junto.

Liderança educadora é adaptativa por natureza e, por isso, profundamente conectada à realidade das pessoas e das organizações.

É também o oposto da rigidez de modelos engessados, do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. 
Essa lógica já não serve para o mundo que a gente vive. Nem para os times que queremos construir.

Na prática, líderes que transitam entre papéis com fluidez: 

• Leem o ambiente e ajustam a linguagem e a escuta 
• Alternam momentos de direção com momentos de coautoria 
• Sabem quando dar autonomia e quando oferecer apoio mais direto 
• Conseguem tomar decisões sem deixar de ouvir o time

A liderança não está num cargo. Está na postura. 
E a postura pode (e deve) se transformar com o tempo, com a experiência e com cada nova troca.

E você? Tem reconhecido os diferentes papéis que exerce , e o que cada momento pede de você como liderança?

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Ale Rabin

Ale Rabin é, acima de tudo, humana. Mãe, ceramista e executiva com mais de 30 anos de experiência em empresas como Loggi, Johnson & Johnson, Yahoo, Vivo e UOL. Atuou em tecnologia, operações, experiência e sucesso do cliente, integrando dados, pessoas e estratégia. Fundadora do TATUdoBEM e cofundadora do Nós, também é conselheira TrendsInnovation, mentora e palestrante. Apaixonada por gente, conecta múltiplos papéis com visão nexialista e multicultural, unindo diversidade de ideias e culturas para gerar impacto real.

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