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Inteligência Artificial x Fator Humano: o equilíbrio essencial para o futuro das empresas e dos negócios

Sempre acompanho debates, discussões e contrapontos acerca deste tema. Confesso que isso me leva a diversas reflexões, mas penso que vale olharmos para alguns prismas para que nós, seres humanos, continuemos firmes em nossa caminhada, assim como as máquinas – leia-se Inteligência Artificial – continuem firmes sem o receio de que as “desliguemos da tomada”.

Quebra-gelo à parte, bora olhar mais de perto essa questão… Vamos pensar juntos?

A ascensão da Inteligência Artificial (IA) está transformando profundamente o ambiente corporativo brasileiro, provocando debates sobre o equilíbrio entre automação e a valorização das habilidades humanas. Enquanto a IA oferece eficiência e inovação, as competências humanas, como criatividade e empatia, permanecem cruciais para o sucesso organizacional e empresarial. Empresas que conseguem alinhar essas duas frentes têm maior potencial para crescer de maneira sustentável e se destacar no mercado.

Faz sentido? Vamos em frente…

A Revolução da IA nas empresas brasileiras

Nos últimos anos, a IA tem sido integrada e aplicada em diversos setores empresariais no Brasil, desde atendimento ao cliente até análise de dados, marketing e finanças. Ferramentas avançadas processam grandes volumes de informações rapidamente, automatizam tarefas repetitivas e preveem tendências de mercado com precisão.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Bain & Company em setembro de 2024, embora mais empresas brasileiras estejam priorizando a tecnologia, apenas 30% possuem uma visão clara sobre suas aplicações. Isso indica que, embora o Brasil esteja acompanhando a tendência global, muitas organizações ainda não têm estratégias bem definidas para o uso da IA.

Além disso, um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) indica que a adoção de IA no Brasil poderia aumentar o PIB em 5% em um horizonte de cerca de dez anos, resultado da maior acumulação de capital e elevação da produtividade total dos fatores.

Ainda temos um longo caminho para percorrer, concorda?

O Valor insuperável do fator humano

Apesar dos avanços tecnológicos, algumas habilidades humanas como pensamento crítico, criatividade e inteligência emocional continuam sendo diferenciais bastante competitivos. Profissionais com essas competências interpretam cenários complexos, inovam e estabelecem conexões genuínas com clientes e parceiros.

Contudo, a automação pode levar à perda de empregos em algumas áreas, gerando desafios como desemprego e desigualdade social. Segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a IA pode impactar até 37 milhões de trabalhadores no Brasil (O Globo).

Além disso, a Resistência Humana também se apresenta como um obstáculo à implementação da IA. De acordo com um estudo publicado pela Forbes Brasil, muitas empresas brasileiras enfrentam dificuldades na adoção da IA devido à resistência cultural dos colaboradores, que temem a substituição de empregos e mudanças bruscas nos processos internos (Forbes Brasil).

É inegável que a Tecnologia e IA substituirão pessoas em alguns âmbitos, mas penso que não se trata de lutar contra e sim de entender, se adaptar e transformar os contextos para que um complemente o outro, dessa forma abriremos um leque gigante de oportunidades e frentes de trabalho, que sequer vislumbramos ainda…

IA e Humanos: parceria ou conflito?

Já que entramos nesta seara, vamos mais uma camada adentro…

O grande e atual desafio para as empresas brasileiras é integrar a IA de maneira que complemente as capacidades humanas, em vez de substituí-las. A automação de tarefas operacionais, por exemplo, permite que colaboradores se concentrem em funções estratégicas e criativas, mas seu impacto precisa ser bem gerenciado.

Além das preocupações com o desemprego, há questões éticas e sociais envolvidas na implementação da IA incluindo, privacidade de dados, veracidade das informações e possíveis vieses discriminatórios. Empresas que adotam IA sem políticas claras sobre essas questões podem enfrentar desafios legais e reputacionais. Tem que pensar em tudo mesmo, não tem jeito, ação e reação, simples assim.

Por outro lado, o desenvolvimento da IA pode trazer inúmeros benefícios significativos. Segundo o estudo da Bain & Company, as empresas que investirem corretamente na implementação da IA podem aumentar sua produtividade em até 40% nos próximos anos.

Isso mostra que a IA está longe de ser uma ameaça, mas sim um enorme reforço à capacidade produtiva humana… Juntos somos mais fortes não é mesmo?

Então quais serão as cenas dos próximos capítulos?

Bom, o equilíbrio entre IA e fator humano não deve ser visto como uma competição, mas como uma parceria estratégica.

Empresas que conseguirem integrar a eficiência da IA com a inteligência emocional e criatividade humanas estarão mais bem posicionadas para prosperar em um mercado tão competitivo e em constante evolução.

Para isso, penso ser fundamental também investir em educação e desenvolvimento de habilidades, permitindo que trabalhadores se adaptem às novas demandas do mercado e interajam de maneira responsável e ética com as novas tecnologias, da mesma forma, os negócios se modificarão e outras frentes de atuação irão surgir, portanto, fundamental abrir o raio de visão para aquilo que nem vislumbramos ainda.

E não podemos nos enganar, o que vemos num cenário global trata-se ainda da “ponta do iceberg”, e vem muito mais por aí, claro que fascina e ao mesmo tempo assusta, porém é um caminho sem volta.

Enfim, na minha humilde opinião, penso que o futuro dos negócios e das empresas não pertence apenas à IA, mas sim àqueles que souberem utilizá-la da melhor forma possível, em benefício da inovação, dos negócios e da sociedade.

Espero que tenham gostado e encontro vocês no próximo artigo…

Let’s fly

Alexandre Caricati

Especialista em Gestão, Estratégia, Relacionamento e Expansão de Negócios nas áreas de Tecnologia, BPO, Cobrança, Financial Services e Contact Centers. Executivo com formação em Tecnologia & Negócios pelas Faculdades Oswaldo Cruz/SP, com mais de 30 anos de experiência profissional, 20 anos como executivo e 12 anos ocupando cargos de alta direção em empresas líderes de mercado.

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