Golpe via WhatsApp usa engenharia social e fotos de executivos para fraudes financeiras

Um novo golpe digital tem feito vítimas em empresas de todos os tamanhos no Brasil, misturando tecnologia, engenharia social e uma boa dose de ousadia. Criminosos estão utilizando o WhatsApp e informações captadas nas redes sociais para se passarem por executivos e induzir colaboradores a realizar transferências bancárias fraudulentas.
Segundo o especialista Carlos Cabral, a dinâmica do golpe é clara: o criminoso pesquisa redes sociais e plataformas públicas para obter fotos e informações de diretores e gerentes de empresas. Em posse dessas imagens, cria um perfil falso no WhatsApp — muitas vezes com a mesma foto e nome da vítima original — e entra em contato com alguém do time financeiro ou administrativo da empresa.
Com uma abordagem urgente e persuasiva, geralmente fora do horário comercial ou em momentos de vulnerabilidade (como feriados, finais de semana ou no início da manhã), o golpista finge ser o executivo e solicita pagamentos emergenciais para contas de terceiros.
Esse tipo de golpe é sofisticado porque explora o elo mais fraco da segurança corporativa: o fator humano. A confiança cega, a pressa e a autoridade percebida na mensagem criam o cenário ideal para que o golpe aconteça em minutos e com prejuízos de milhares de reais.
Como se prevenir:
- Nunca realize pagamentos sem uma dupla checagem da identidade de quem está solicitando.
- Estabeleça procedimentos claros para aprovações financeiras — inclusive por áudio ou chamada.
- Oriente os colaboradores sobre golpes de engenharia social e a importância de desconfiar de contatos fora do padrão.
- Invista em treinamentos periódicos de cibersegurança e simulações de golpes.
O alerta é importante: golpistas têm usado cada vez mais tecnologia e psicologia para aplicar fraudes. Cabe às empresas reforçarem seus processos internos e blindarem seus times.